Locais que ficam por explorar em toda a sua plenitude, deixam-nos com vontade de fazer parar o relógio, mas o facto é que planeámos a viagem para 10 dias e temos de rumar a Marraquexe para fazer a vontade à máquina do tempo.
O Vale do Dráa é uma enorme área de palmeiras e terras de cultivo, muito verdejante e do qual só nos apercebemos da dimensão quando subimos as montanhas circundantes. O percurso ao longo do Vale inicia-se nos arredores da cidade de Zagora e estende-se por dezenas de quilómetros.
Trata-se de facto de uma região recheada de trilhos para todos os gostos e tipos de máquinas, a merecerem mais uns dias para serem devidamente explorados e saboreados, para já fica a promessa de voltarmos e a vontade de a cumprir.
A estrada que nos leva a Marraquexe é, à semelhança de todas as outras que percorremos, em asfalto com boas condições, tendo a determinada altura a teimosia de atravessar uma das montanhas da cordilheira do Atlas que nos obriga a serpentear até à tontura e nos coloca rapidamente nos cerca de 2.400m de altitude, antes de iniciarmos a descida.
Por toda a montanha existem pessoas vivendo e sobrevivendo às dificuldades impostas pela natureza. Que melhor local haveria para cumprirmos com a distribuição de algumas lembranças que transportámos, fazendo descobrir o sorriso destas crianças?
Como não podíamos fugir à regra e mesmo sem ter existido qualquer furo ou avaria, lá chegámos mais uma vez de noite à cidade de Marraquexe.
Sendo uma das três maiores cidades de Marrocos, é fácil de perceber a bagunçada de trânsito que por ali impera, pelo que todos os sentidos não são demais para evitar contactos indesejáveis, ao mesmo tempo que há que garantir que encontramos o nosso local de destino.
O dia terminou com a recompensa de um jantar agradável, seguido de uma visita à “disco” local para escutar as últimas novidades da música marroquina ao vivo, estilo Tony Carreira…?