Ring… Ring… um toque acidental às 7h30. O alarme não tocou ás 6h15 como planeado. Em 10 minutos estamos nas motas. Só nos faltava um Inglês “besunto” caído dentro duma floreira próximo das nossas motas, a pedir ajuda para se levantar com uma viola às costas e a xingar os Franceses que por aqui passavam… O nosso problema é outro, empurrar a moto até ao ferry.
A distância é longa e o tempo é curto há que usar umas cintas para rebocar a mota que não trabalha. Conseguimos chegar à porta de embarque que diz Tunísia, mas está ainda encerrada, algo de anormal se passava. A zona portuária de Marselha está em remodelação, a porta de embarque é no sentido oposto.
Não vamos “morrer na praia”, inverter a marcha (sentido proibido, onde só passa um veículo) com a mota a reboque temos que chegar ao local de embarque. No final desta operação com o frágil método de reboque, conseguimos melhorar a nossa média (15 km/hora), com uma mota a reboque.
Agora sim um cheirinho de África, carros com pneus furados, chassis a roçar no chão com a carga, motorizadas na bagageira de um Peugeot 207. É tudo uma questão de imaginação ninguém quer perder o único barco semanal para a Tunísia, e nós estamos lá.
Estamos dentro do objetivo, e a realidade agora é outra. Ao abrir a porta do nossa camarote duvidámos que existisse espaço para nós os 3; dissipámos a dúvida quando vericámos que os nossos vizinhos conseguiam acomodar 6, mas a porta não fechava.
No decorrer da travessia estabelecemos vários contactos para obter informações de oficinas que nos permitam resolver o problema em Tunis. As expectativas são as melhores “em Tunis tens tudo como em França, a Maison Yamaha tem tudo… Carros, barcos, aviões e … Motos”.
Animados com as noticias está na hora do descanso.